FAQ

Dúvida:
Em inspeção do PPRA fui informado que não temos protetores de polia nos 4 elevadores do nosso condomínio. Neste mesmo momento, o técnico informou que empresas de manutenção costumam instalar os mesmos sem custo durante o período de contrato, pois os maiores envolvidos neste risco são os funcionários da empresa de manutenção e não do condomínio, já que o funcionário do condomínio não tem acesso à casa de elevadores.  Como o meu contrato é com a Atlas estão me informando que o valor para tal aquisição é de R$ 6500,00.
É realmente comum este tipo de instalação sem custo? O valor esta condizente com o mercado?

Resposta:
Os Protetores de Polia e demais itens de segurança do elevador são principalmente para garantir o trabalho em condições seguras para o técnico de manutenção. Eles foram introduzidos pela revisão da Norma NM 207 em 1999. Como esta norma não é retroativa, somente os elevadores produzidos ou instalados após esta data são obrigados a cumpri-la.
Neste caso, seria obrigação do fabricante cumprir a Norma. Geralmente, as empresas cobram os protetores de polia e demais itens. O preço me parece alto, se quiser instalar voluntariamente (você não está obrigado) deve negociar para ao redor de R$ 1000,00.

Dúvida:
Em nosso condomínio estamos iniciando processo para substituição da empresa que atualmente faz a manutenção / conservação dos nossos dois elevadores. Gostaria de saber quais os critérios que devemos usar para selecionar a nova empresa, além do preço?

Resposta:
O melhor critério para selecionar uma empresa de manutenção de elevadores é pedir para as empresas que lhe enviem uma lista de 30 clientes e você escolher dois ou três para ir visitar, conversar com eles, ver como anda o elevador, perguntar sobre custos, peças, atendimento, etc.

Desconfie de preços muito baixos ou de ofertas de Vistorias grátis ou períodos gratuitos, pois são sinais de empresas não muito honestas.

Existem dois tipos de contrato: Com ou sem cobertura de peças. Os contratos com cobertura de peças são mais caros e não cobrem tudo, portanto não os vejo com bons olhos. Os contratos sem cobertura de peças são mais baratos e variam muito de preço. Como você vai ficar preso com a empresa que contratar, por no mínimo um ano, eles podem te esfolar na hora de trocar peças. Por isso, empresas honestas são as melhores, pois tratam você honestamente. A única maneira de saber é conversando com os clientes deles.

Vale também contratos de assessoria da Drelevador para ajudar na seleção destas empresas, se preferir.

Dúvida:
Viria a calhar dicas de como cotar preços de peças de elevador, já que é um mercado bastante fechado. A identificação de empresas especializadas, sites de concorrentes, etc, tudo virá em benefício.

Resposta:
Sei que vou decepcionar muita gente, mas a própria natureza do contrato de manutenção do elevador e as legislações municipais das principais cidades Latino-americanas criam uma espécie de monopólio que impede a cotação de peças de elevador.

Explico:
1- O elevador é um equipamento eletromecânico de transporte público.
2- A lei municipal obriga, portanto, ao proprietário, contratar uma empresa de manutenção com registro na prefeitura.
3- Esta empresa passa a ser a única responsável pela manutenção e pela segurança no transporte dos passageiros.
4- Esta empresa (de maneira simplificada) deve inspecionar o elevador mensalmente e propor ajustes e troca de peças para assegurar o item 3 acima. Uma vez por ano, deve vistoriar completamente e registrar esta vistoria na Prefeitura.
5- O Síndico pode ou não aceitar a sugestão da empresa, mas passa a ser responsável pela sua decisão. Há casos mais simples que a empresa tolera ao Síndico não consertar algo que precisa ser consertado, mas há casos em que a empresa interdita o elevador.
6- Se o Síndico cotar peças de reposição de terceiros, ele estará retirando a responsabilidade da empresa, pois ela não garante a qualidade e adequação das peças. A empresa pode se negar a usar estas peças. O Síndico não pode contratar outra empresa para instalar estas peças sem antes cancelar o contrato de manutenção.

Resumindo: A Lei está certa, o que é necessário é escolher uma empresa idônea e fazer pressão para a concorrência.  Assinar bons contratos também ajuda.
Existem empresas fornecedoras de peças de reposição, mas elas fornecem e competem no mercado das empresas que prestam a manutenção e não devem vender direto aos Condomínios.
Abusos existem, e foi por isso que criei a minha Consultoria Drelevador para auxiliar os Síndicos a verificar se aquilo que está sendo proposto é mesmo necessário e se o preço é compatível. Daí pressionar a empresa de manutenção abusiva.

Dúvida:
Porque o sistema do elevador não permite cancelar o botão que foi apertado? Por exemplo, se estou no térreo e aperto o 20º andar por engano, o elevador percorrerá os andares em vão. Gostaria de saber também porque os elevadores são “setados” para retornar ao térreo?

Resposta:
Nunca pensei nessa idéia de cancelar chamados feitos por engano. O que percebo é que o projeto de elevadores está indo na direção de cada vez serem mais automáticos, deixando pouca atuação para os usuários. Nos novos elevadores para grandes edifícios não há mais botões dentro da cabina. Você tem que apertar o número do andar que deseja ir no painel do saguão de entrada do edifício. O Painel vai dizer qual a cabina que você deve tomar e, quando ela chega, você entra junto com outros passageiros que serão distribuídos pelos andares, maximizando a eficiência do sistema.

A setagem para o Térreo é opcional e programável. Pode ser para outro andar, mas geralmente é para o térreo para diminuir o tempo de atendimento do andar principal de entrada. Pode ser desligada se quiser.

Dúvida:
Você acha conveniente o zelador acompanhar e inclusive entrar no poço com os técnicos de manutenção para uma perfeita fiscalização do serviço?

Resposta:
O Zelador não deve entrar no poço nem se aproximar das máquinas do elevador, pois é muito perigoso. Mas ele deve acompanhar os técnicos, sobretudo perguntando o que eles estão programando em cada visita e verificando o serviço pronto (de certa distância). O importante é também observar se o técnico ficou no edifício de 30 a 45 minutos, no mínimo.

Dúvida:
Tenho duas dúvidas. A primeira é que, periodicamente, a empresa do elevador (Atlas) quer que instalemos um novo item de segurança “obrigatório”. O que realmente somos obrigados a instalar, como protetor, escada de poço, etc.?

Resposta:
Nenhum item que não constava da Norma ABNT na época da instalação do seu Elevador é obrigatório. Todos este itens de segurança foram introduzidos na Norma ABNT no inicio da década 2000. Os elevadores novos já saem com eles. Agora, mesmo não sendo obrigatórios eles são úteis e aumentam a segurança do elevador. Eles são principalmente voltados para a segurança e o controle do Técnico de manutenção enquanto ele realiza a manutenção e os consertos. A escada do poço, a caixa de inspeção no topo da cabina, a iluminação do passadiço e do poço, a chave de força blindada e os protetores de polias são os mais importantes. O técnico tendo mais segurança ele não só não se acidentará como fará a manutenção melhor e mais conforme. Lembre-se que um acidente grave com o técnico responsabiliza o Condomínio e o Sindico também, e pode atingir também os usuários.

Dúvida:
Como convencer os moradores que os funcionários não podem tirá-los do elevador em caso de parada? O certo é realmente esperar a empresa? Tem legislação que confirme isso?

Resposta:
A Norma ABNT NM 207; o CONTRU em São Paulo e o GEM no Rio, exigem que a manutenção seja feita somente por empresas credenciadas e seus empregados certificados. A liberação de passageiros, por lei só pode ser feita pela empresa ou pelo Corpo de Bombeiros. Se você for liberar passageiros e acabar machucando algum você será enquadrado na Lei.
Mas use sempre o bom senso, se for um desnível menor que 30 cm pode liberar.

Saiba mais sobre a lei.

Dúvida:
Fiquei curioso sobre a lei 12.751 – NUNCA vi um elevador com os 4 dizeres do texto. Isso ocorre por desconhecimento ou pode haver uma sobreposição por causa do monte de placas que já temos: proibido fumar, Máximo de passageiros, discriminação racial, etc?

Resposta:
É provável que o parágrafo 7 não foi regulamentado.